A visão do empoderamento feminino pela mulher advogada
PUBLICADO EM 10 DE JULHO DE 2017
Por Gabriela Sequeira Kermessi
Elas são mulheres, esposas, namoradas, mães, amigas, filhas e advogadas!
O empoderamento feminino está presente em algum momento nas conversas da atualidade, sejam elas regidas por mulheres ou não.
A palavra “empoderamento” está no dicionário, ao procurarmos por seu significado encontramos a seguinte resposta: “Conceder ou conseguir poder; obter mais poder; tornar-se ainda mais poderoso; Passar a ter domínio sobre sua própria vida; dar ou atribuir poder.
No mundo, apesar do grande avanço na participação das mulheres na sociedade, a desigualdade de gênero ainda é ampla.
Em 2015, o Fórum Econômico Mundial divulgou dados preocupantes; de acordo com a pesquisa a equiparação entre os sexos em geral só deve ocorrer em 2133, ou seja, daqui a mais de 100 anos. Ainda nesta pesquisa, foram utilizados dados indicativos quanto à participação econômica e oportunidade, nível de escolaridade, saúde, sobrevivência e capacitação política.
Assim, a luta das mulheres por mais respeito, trabalho, liberdade e valorização mostra uma verdadeira necessidade de debates sobre o tema. A cada dia, mais mulheres despertam para batalhar também por suas próprias escolhas, não deixam mais o machismo cultural arbitrar suas vidas e buscam diariamente por seu sucesso pessoal, profissional e de sua família, quando o caso.
A mulher tem a capacidade de empregar conhecimento, inteligência, amor, planejamento em uma só atividade, mas pode escolher por fazer todas elas.
As mulheres têm o prazer de cuidar, amar e se desenvolver, transformando-se a cada dia.
Esta é a proposta do empoderamento feminino!
Permitir que mais mulheres escolham seus caminhos, sejam eles modernos ou não, recatados ou não, do lar ou não... Só cabe a elas esta escolha, somente elas tem este poder, e quando realizado por elas esse poder será legitimado.
De tal modo, que algumas escolhem por ter filhos ou não, por dar uma pausa na carreira e cuidar exclusivamente da casa e dos filhos, ou tão somente se dedicar a vida profissional, não importa qual escolha, desde que seja feita única e exclusivamente por ela.
Neste contexto, o feminismo cada vez mais atual em debates, campanhas e discussões, eleva o assunto para todo o mundo, através da tecnologia que diariamente nos permite em uma breve consulta, ter acesso a milhares de notícias sobre mulheres, positivas ou negativas.
O movimento feminista cresce na luta pela igualdade de direitos reais entre todas as pessoas, buscando uma sociedade mais justa para todos. Propõe em suas ações permanentes libertar as pessoas de “padrões” estabelecidos pela sociedade como corretos, ou seja, estereótipos de gênero estabelecidos entre homens e mulheres, como por exemplo, profissões denominadas a serem exercidas por homens, responsabilidade dos filhos e do lar a serem exercidas por mulheres, etc.
Muitas mulheres não gostam de serem denominadas feministas, mas ao serem questionadas sobre o assunto, com base em suas respostas, história de vida e desafios, compreendem que estão inseridas mesmo que indiretamente nesse movimento de luta, cada uma com sua postura, opinião e escolha, muitas vezes diversas, ainda bem!
O empoderamento feminino e o movimento feminista, nos desperta para a discussão de ideias, pontos de vista e opiniões distintas, visando que o respeito e interação sejam compartilhados entre as diferentes realidades. A responsabilidade das mulheres cheias de poder é estender esse ciclo.
Comece por sua irmã, mãe, avó... Inicie o diálogo, procure saber como as coisas funcionavam em outra época e irá se surpreender com as histórias contadas por mulheres mais ou menos vividas.
A troca de experiências é fundamental para que esse comportamento cresça e seja aprimorado a cada dia. As mulheres devem ser donas de suas histórias... E contá-las com todo orgulho, amor e superação.
GABRIELA SEQUEIRA KERMESSI
OAB /SP: 362.184